Em algumas espécies é possível verificar ainda a existência de pequenas pinças (pedicelárias) que têm como função a defesa e a limpeza da superfície corporal.
O corpo da estrela-do-mar é formado por um disco central e a grande maioria das espécies têm cinco braços, no entanto há algumas que chegam a ter 40, o que significa que o número de braços varia de família para família. Estes animais tem grande poder de regeneração, ou seja, se um braço for ferido ou amputado, nasce um novo no seu lugar.
No entanto, esta característica regenerativa pode demorar um ano até estar concluída. Apesar do seu corpo ser duro e rígido, e poder ser partido em várias partes, a verdade é que a estrela-do-mar tem grande flexibilidade de movimento, conseguindo dobrar-se e girar os seus braços, sem que qualquer movimento fique comprometido no seu espaço aquático.
Tanto o seu tamanho, como a sua cor também variam de espécie para espécie, mas por norma têm entre 12 e 14 centímetros, podendo no máximo atingir um metro de diâmetro. No que diz respeito à cor, alguns apresentam cores vivas e brilhantes como o vermelho, o azul ou laranja, podendo muitas das vezes serem luminescentes. Não têm cabeça, cérebro, nem cauda.
As estrelas-do-mar usam células dérmicas sensitivas para
detectarem cheiros e os seus movimentos são condicionados pela contração e pela distensão dos seus pés ambulacrários, ou seja, sistema interno de tubos flexíveis utilizado para subir rochas ou endireitar o corpo quando fica ao contrário.
As estrelas-do-mar alimentam-se essencialmente de moluscos, ostras, vermes, corais e bivalves, e a captura destas presas processa-se da seguinte forma: em primeiro lugar a presa é envolvida com o corpo e através da força dos seus braços e pés ambulacrários, vai exercendo uma pressão contínua, que ao fim de algum tempo faz com que a vítima acabe por se cansar e ceder.
As estrelas-do-mar não conseguem mastigar os alimentos, por isso, para se alimentarem, lançam o estômago pela boca, situada no centro da superfície oral e direcionada para baixo, para posteriormente as enzimas digestivas serem segregadas, permitindo assim a absorção do alimento.
A reprodução acontece de duas formas: sexuada e assexuada. Na reprodução sexuada dá-se a libertação dos gametas na água e a fertilização externa. O ovo fecundado desenvolve-se numa larva livre-natante de simetria bilateral que sofrerá uma metamorfose para posteriormente se tornar num adulto de simetria radial.
No caso da reprodução assexuada, a fecundação é feita essencialmente através da regeneração, ou seja, tal como vimos anteriormente se um dos braços for amputado nasce um novo no seu lugar, mas por vezes pode mesmo desenvolver uma estrela-do-mar nova.