Cientistas descobrem planetas que podem ser habitáveis, a 40 anos luz da terra.

Os cientistas, já a um certo tempo, estão empenhados em encontrar um novo planeta com potencial para abrigar vida, e essa busca inclusive já levou à detecção de inúmeros exoplanetas interessantes. De acordo com Ali Sundermier, do portal Business Insider, recentemente uma equipe internacional de astrônomos anunciou a descoberta de um trio de candidatos que, ao que tudo indica, poderia servir de lar para formas de vida alienígena.

Universo é praticamente infinito
Segundo Ali, os exoplanetas se encontram em órbita ao redor de uma estrela situada na constelação de Aquário, a meros 40 anos-luz de distância da Terra.
Os três foram classificados como potencialmente habitáveis pelos astrônomos e, conforme explicaram, se queremos encontrar criaturas extraterrestres pelo Universo, esses locais seriam excelentes pontos de partida.

Afinal, como esses pequenos sistemas solares se encontram tão pertinho do nosso, a tecnologia necessária para detectar formas de vida, se é que existe alguma, já está disponível.
O time de astrônomos, de 16 países diferentes, encontrou os planetas através de observações realizadas com o telescópio espacial TRAPPIST (Transiting Planets and Planetesimals Small Telescope), que fica no Chile e foi projetado especialmente para a observação de estrelas anãs que se encontram perto do Sistema Solar.
Os planetas se encontram em órbita ao redor de uma
anã vermelha ultrafria chamada 2MASS J23062928-0502285, que possui cerca da metade da temperatura do nosso Sol, é cerca de 2 mil vezes menos brilhante e apenas um pouco maior do que Júpiter. Os mundos foram descobertos quando os astrônomos perceberam que o brilho da estrela sofria reduções periódicas, indicando que havia corpos celestes circulando ao seu redor.

Segundo os cientistas, dos três planetas, os astrônomos acreditam que o terceiro, ou seja, o que se encontra mais distante da estrela, pode estar dentro da zona habitável. Os outros dois, por conta de sua proximidade com a anã vermelha, provavelmente apresentam rotação sincronizada, o que significa que eles têm sempre a mesma face voltada para a sua estrela, da mesma forma que o mesmo “lado” da Lua sempre fica direcionado para a Terra.
Sendo assim, enquanto um dos hemisférios fica constantemente exposto ao calor e, portanto, apresenta temperaturas potencialmente escaldantes em sua superfície, o outro permanece o tempo todo na penumbra e provavelmente é gelado.

Entretanto, os astrônomos estimam que, mesmo assim, os planetas podem possuir regiões onde as temperaturas se encontram abaixo dos 127 °C, que é ideal para que a água na sua forma líquida possa existir e, com isso, a vida. Além disso, se eles tiverem atmosfera ou, quem sabe, oceanos, então existe a possibilidade de que o calor que eles recebem da estrela seja mais bem distribuído, dando origem a regiões propícias para a existência de vida.
Por enquanto, nenhum sinal de que os planetas efetivamente abrigam formas de vida foi detectado ainda, mas o time continuará conduzindo observações para confirmar a habitabilidade e ver o que mais eles descobrem sobre os três mundos.