Conheça mais sobre as baratas.

São uma das mais impressionantes criaturas existentes na superfície do planeta, com uma admirável capacidade de adaptação. Elas surgiram muito antes dos dinossauros - cerca de 350 milhões de anos atrás, e resistiram à todas transformações catastróficas mantendo as suas características biológicas, bem como a sua aparência – corpo alongado e sua cabeça é curta, com dois olhos compostos grandes, onde entre eles estão inseridas um par de longas antenas que podem atingir o dobro do comprimento do corpo. Quem nunca viu uma barata andar dentro da própria casa? Quem nunca reparou na sua forma e nos movimentos de suas antenas? Essas antenas são de extrema importância para sua sobrevivência, pois trata-se de um eficiente órgão sensorial para total percepção do ambiente à sua volta, como variações do ar, cheiro dos alimentos, captação de feromônios e até sua direção. As baratas são insetos cosmopolitas, ou seja, ocorrem em todo planeta, com aproximadamente 3500 espécies existentes, somente poucas (1%) convivem com o ser humano nas residências e atuam como pragas; seu tamanho varia de uns poucos milímetros até por volta de 10 centímetros de comprimento em algumas espécies selvagens e, no geral possuem cores escuras. O tal "brilho" das asas que muitos reparam é devido à quitina, uma proteína semelhante à nossa queratina que confere ao corpo dos insetos impermeabilidade à perda d’água e garantia de certa resistência à impactos. A espécie Periplaneta americana é a mais comum nas cidades brasileiras, onde seu vôo assusta inúmeras pessoas dentro das casas, e como gosta de habitar nos esgotos, tornou- a disseminadora para alguns microorganismos patogênicos, como bactérias (enterobactérias, pneumocoos, salmonelas), vírus, cistos de protozoários (ameba e giárdia) e alguns ovos de vermes, estes podem ser encontrados nas sua pernas espinhosas. Portanto, são importantes responsáveis por doenças como gastroenterocolites, cólera, difteria, diarréia, toxoplasmose, herpes, lepra, pneumonia, intoxicação alimentar, infecções respiratórias entre outras. Outra espécie também muito comum é a Blatella germanica, bem menor que à anterior, com movimentos rápidos e gosta de ficar em áreas de armazenamento de material orgânico, como estoque de alimentos. Essas duas espécies citadas não existiam em nosso território, mas na verdade foram importadas da Europa por navios desde à época da colonização no continente americano. Possui aparelho bucal mastigador, possibilitando roerem muitos tipos de alimentos (são onívoros), possuem hábitos alimentares bastante variados, preferindo àqueles ricos em amido, açúcar ou gordurosos. Algumas espécies podem alimentar-se também de celulose (papel, livro, madeira), ou ainda de fezes, sangue, insetos mortos, resíduos de lixo ou esgoto. Tem o hábito de regurgitar um pouco do alimento parcialmente digerido e depositar fezes, freqüentemente ao mesmo tempo em que se alimentam. Preferem locais quentes e úmidos. A barata de esgoto normalmente habita locais com muita matéria orgânica e gordura em abundância como galerias de esgoto, bueiros, caixas de inspeção. Elas podem voar por grandes distâncias, até entrar pela janela de apartamentos nos últimos.
As baratas são insetos de hábitos noturnos, embora não sejam sociais como os cupins e as formigas, são gregárias, isto é, vivem em grupos e reprodutivamente são hemimetábolos, ou seja, com metamorfose incompleta (simples) em três estágios: ovo, ninfa(jovem) e adulto. As baratas colocam os seus ovos em uma cápsula chamada ooteca, que pode ser carregada pela fêmea para um local apropriado para à eclosão dos ovos, normalmente em frestas, fendas, cantos escuros, gavetas ou atrás de móveis. Como alimentam-se de tudo que é orgânico, elas são animais muito úteis na natureza, pois ajudam na reciclagem da matéria orgânica no meio ambiente e são importantes na cadeia alimentar de diversos animais.Em testes de laboratório resistiram à exposição radioativa, certamente após uma guerra nuclear elas estarão presentes, então, por tudo citado elas merecem nosso respeito pois elas não são seres maléficos, pois isso depende do referencial ambiental.