Recentemente, uma equipe de pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) conseguiu realizar o feito. O QSL é um tipo de magnetismo (junto com o ferromagnetismo, aquele das agulhas de bússola, e o antiferromagnetismo, em que os campos magnéticos de um objeto se anulam) no qual, ao contrário
dos outros dois, a orientação magnética das partículas varia, como se elas fossem parte de um líquido.
“Há uma forte interação entre elas e, devido a efeitos quânticos, elas não ficam paradas”, explica o físico Young Lee.
O material usado na pesquisa é um cristal chamado “herbertsmthita”, sintetizado no ano passado por Lee e sua equipe, em um processo que durou cerca de 10 meses. A amostra é relativamente pequena (tem 7 mm de largura), o que mostra a complexidade envolvida em sua produção.
Por mais difícil que seja medir (ou mesmo provar) o estado de QSL, “este é um dos dados experimentais mais fortes que o faz. O que costumava estar apenas em modelos de teóricos é agora um sistema físico real”, ressalta Lee. Apesar do sucesso do estudo, pode demorar até que a descoberta seja aplicada de forma prática.
Nesse caso, espera-se que o conhecimento a respeito do QSL possa permitir avanços na computação quântica e no desenvolvimento de supercondutores. “Não há teoria que descreva tudo o que estamos vendo”, complementa Lee.