Kenneth Catania, um dos estudiosos desta descoberta, considera-a como "uma surpresa total, porque se julgava que os mamíferos não tinham olfato debaixo de água".
Para chegar a esta conclusão, este professor, que é da Universidade Vanderbilt de Nashville, nos Estados Unidos, colocou duas
espécies de mamíferos semiaquáticos, a toupeira de nariz estrelado e o musaranho aquático, dentro de uma câmara de alta velocidade, com objetos no fundo, dois dos quais comestíveis (lombrigas e peixes pequenos).
E constatou que a toupeira, quando se dirigia aos objetos, emitia bolhas pelo nariz que tocavam no objeto antes de serem novamente inaladas pela toupeira.
O investigador questiona se outros mamíferos, como as lontras ou focas, também terão uma capacidade semelhante de cheirar e identificar objetos dentro de água.
E acrescenta, "quando os mamíferos se adaptam ao meio aquático, o seu olfato costuma degenerar. O principal exemplo são os cetáceos, como as baleias e os golfinhos, a maioria dos quais perderam o sentido olfativo".