"A Terra, por diversos motivos, mas principalmente por causa da energia que as marés roubam da rotação, está girando mais devagar", diz Luiz Nunes de Oliveira, professor do Instituto de Física de São Carlos, da USP. Por isso, de tempos em tempos é preciso fazer um acerto: atrasa-se o relógio atômico em 1 segundo para que ele fique afinado com o tempo de rotação do planeta. Só que, entre um reparo e outro, os relógios atômicos acabam ficando um pouco adiantados, porém nunca mais que 1 segundo. Pode parecer ínfimo esse mínimo de tempo em atraso ou adiantado, mas para setores que dependem da precisão dos relógios o desencontro de 1 segundo pode ser algo fatal. É o caso dos satélites, que num espaço de alguns instantes enviam e recebem toneladas de informações de um continente para outro.
Ainda não se tem uma maneira extraordinariamente precisa para sincronizar todos os relógios e acertar precisamente o relógio da TCU. Até agora ninguém conseguiu encontrar a fórmula mágica para sincronizar os ponteiros.
Mas, como todos sabem, enquanto alguém lá do mundo afora estuda e fazem pesquisas para encontrar algum meio eficaz de fazer isso, o relógio continua correndo.