O estudo "Elucidando como o cérebro gera confiança", realizado em Cold Spring Harbour Laboratory (EUA) e agora publicado na "Nature", concluiu que as decisões dependem da confiança que temos em cada uma das alternativas. Porém, investigadores treinaram ratos de laboratório a escolherem, mediante uma pequena recompensa, o composto químico de odor mais intenso numa mistura de dois compostos e chegaram à conclusão de que essa capacidade não é exclusiva dos seres humanos.
A equipe de investigadores registrou a atividade de um pequeno grupo de células localizadas no chamado córtex orbitofrontal, uma zona existente em ratos e humanos. Em outras experiências, os animais preferiram situações incertas e aguardar por outra em que seja mais certo receberem a recompensa.
"Os nossos resultados sugerem que estimar confiança numa decisão poderá ser um componente neurológico básico e, na verdade, uma característica compartilhada por todos os animais. Estudos futuros poderão esclarecer a forma pela qual distinguimos a realidade da ficção, e construímos um sentido intuitivo daquilo em que podemos ou não acreditar", afirma.
O Programa Champalimaud em Neurociências estuda as bases celulares do comportamento dos seres vivos.