Curiosidades científicas

Estaremos visualizando nos próximos dois dias, alguns fatos curiosos da ciência. Alguns deles muitos provavelmente nunca sabiam, outros provavelmente já ouviram falar.
Ao todo são 50 fatos curiosos, que serão divididos em duas postagens diferentes.


"01. A velocidade da luz, geralmente arredondada em 300.000 km/s, é de exatamente 299.792,548km/s.

02. São necessários 8 minutos e 17 segundos para a luz viajar da superfície do sol à terra.

03. 10% de todos os humanos já nascidos, estão vivos neste momento.

04. A terra gira à 1.600 km/h, mas viaja em sua órbita ao redor do sol a mais de 107.000 km/h.

05. Todo ano, um milhão de terremotos sacodem a terra.

06. Quando Krakatoa entrou em erupção, em 1883, a força de sua explosão foi tão grande que pode ser escutada à mais de 7.700 km. de distância, na Austrália.

07. A cada segundo, 100 raios atingem a superfície terrestre.

08. Todo ano, 1.000 pessoas morrem vítimas de raios.

09. Em outubro de 1999, um iceberg do tamanho de Londres, soltou-se do continente Antártico.

10. Se você conseguisse dirigir seu carro na vertical, direto para cima, levaria apenas uma hora para chegar ao espaço (algo em torno de 65 km).

11. A tênia, um verme que pode viver no sistema digestivo humano, pode atingir quase 23 metros de comprimento.

12. A Terra tem 4,56 bilhões de anos, a mesma idade da Lua e do Sol.

13. Os dinossauros extinguiram-se antes da formação das Montanhas Rochosas e dos Alpes.

14. A aranha viúva negra, come o macho depois do acasalamento.

15. Quando uma pulga salta, a aceleração à qual ela se submete chega à 20 vezes a de um ônibus espacial durante o seu lançamento.

16. Se o sol tivesse apenas 1 centímetros de diâmetro, a estrela mais próxima dele estaria à 285 quilômetros de distância.

17. Astronautas não conseguem arrotar quando no espaço – não existe gravidade para separar os líquidos dos gasosos em seus estômagos.

18. O ar no topo do monte Everest, à 8.850 metros de altura, só tem um terço da densidade que apresenta ao nível do mar.

19. 1/1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 de segundos antes do Big Bang, o universo era do tamanho de uma ervilha.

20. O DNA foi descoberto em 1869 pelo suíço Friedrich Mieschler.

21. A estrutura molecular do DNA foi determinada pela primeira vez em 1953 por Watson e Crick.

22. O primeiro cromossoma humano foi construído por cientistas americanos em 1997.

23. O termômetro foi inventado em 1607 por Galileu Galilei.

24. Alfred Nobel, pai do famoso prêmio, foi o inventor e fez fortuna com a dinamite em 1866.

25. Wilhelm Rontgen venceu o primeiro prêmio Noval de física em 1895, por ter descoberto o raio-x."

O que é ter uma vocação? Saiba sobre essa característica única de cada um

O ortopedista americano Tony Ciccoria nunca foi muito ligado em música. Até o dia em que estava andando pela rua e foi atingido (literalmente) por um raio. Depois de ficar inconsciente por alguns minutos, ele acordou e voltou ao normal, exceto por um detalhe: aos 42 anos de idade, começou a sentir um desejo insaciável de ouvir piano.
Ele comprou alguns cds e logo passou, em suas próprias palavras, a “escutar música dentro da cabeça”. Sua mente virou uma verdadeira usina de ideias musicais, inclusive quando ele estava sonhando. Tony ficou obcecado, decidiu aprender a tocar piano e hoje, além de médico, é compositor – atividade que considera sua verdadeira vocação. É como se a descarga elétrica do relâmpago tivesse reconfigurado o cérebro do médico, liberando algo que estava escondido lá dentro. Mas como é possível ter uma vocação e não saber? E o que é vocação, afinal? Ela é hereditária? Já está programada no cérebro quando nascemos ou é adquirida com o tempo?
É possível ter mais de uma? Com que idade pode ser descoberta? Por que os filhos de gênios raramente herdam o talento dos pais? Você perde sua vocação se não exercitá-la? É possível descobrir uma nova vocação na idade adulta – sem ter que levar um choque na cabeça para isso?
O caso de Tony Ciccoria é extraordinário. Mas você provavelmente conhece alguém como ele. Sabe aquele seu primo que é advogado, mas toca nos fins de semana e daria um baita guitarrista de rock? Aquela amiga garçonete que leva o maior jeito para artes plásticas? E o seu tio que virou dentista, mas poderia ter sido jogador de basquete?
Todo mundo é capaz de se especializar, e ter prazer, em mais de uma atividade – isso porque, na verdade, nós temos múltiplas vocações. E há uma boa explicação para isso. “O cérebro aponta vários caminhos e, durante a vida, algumas das habilidades são inibidas para que outras sejam priorizadas. Mas a pessoa precisa ter várias opções, para o caso de não ser possível seguir algum caminho na sociedade em que ela vive”, explica o neurologista Benito Damasceno, da Unicamp.
É por isso que o cérebro também inclui aptidões ocultas, que a pessoa tem, mas não desenvolve, ou explora apenas como hobby. Elas funcionam como uma espécie de seguro evolutivo: se algo der errado, você já tem um plano B. E a seleção natural acabou privilegiando, justamente, as pessoas que tinham um plano B.
A vocação é formada por dois elementos: a aptidão que uma pessoa tem para fazer determinada coisa e o interesse que ela sente por aquilo. O interesse vem de fora, ou seja, é influenciado pelas experiências individuais e pelo ambiente em que cada pesssoa vive. É por isso que, muitas vezes, pessoas geneticamente idênticas (gêmeos) escolhem profissões diferentes. Já a aptidão, ou seja, a facilidade natural que uma pessoa tem para fazer determinada coisa, está escrita nos genes. É preciso ter o DNA certo. Em 2003, um grupo de cientistas australianos descobriu que os atletas de alto nível costumam apresentar uma modificação no gene ACTN3.
Se você possui essa mutação, tem grandes chances de desenvolver músculos mais fortes e/ou mais resistentes que os das pessoas normais, e portanto levar vantagem atlética. Como muitos pais sonham que os filhos sejam esportistas, criou-se toda uma indústria em torno disso: hoje, já é possível comprar, por US$ 150, um teste caseiro que detecta o ACTN3 em crianças de apenas 1 ano. Tudo para que os pais percebam o quanto antes a vocação dos filhos, e os coloquem para treinar desde cedo.
Isso porque parece haver um momento-limite para começar a desenvolver as aptidões. Entre 6 meses e 2 anos de idade, o número de neurônios cai drasticamente, e os que sobrevivem começam a se diferenciar, assumindo funções correspondentes aos estímulos que recebem. “Se uma criança ouve música, por exemplo, parte de seus neurônios se transforma em células capazes de diferenciar os tons musicais”, afirma o neurocientista John Fontenele Araújo, da UFRN. Já na puberdade, vem outro momento crítico: a capacidade que os neurônios têm de fazer conexões, ou sinapses, aumenta consideravelmente. Essa é a fase mais importante para estabelecer a conexão entre diferentes regiões do cérebro, o que é fundamental para desenvolver qualquer vocação – pois a maioria dos talentos é composta de mais de uma habilidade.
Um jogador de futebol, por exemplo, não é feito apenas de coordenação e força física: também precisa de inteligência espacial para visualizar e criar jogadas.
A programação genética do nosso cérebro é tão complexa que determina, inclusive, aonde nós podemos chegar. “Cada uma das áreas do cérebro é projetada como uma máquina de aprender”, explica o psicólogo Stephen Pinker, da Universidade Harvard.
E as características dessas máquinas estão inscritas no código genético. Ou seja: cada pessoa tem um limite nato, do qual não consegue passar. Se você não nasceu para pintor, nunca será um Van Gogh. Parte da sua vocação está, sim, programada no cérebro quando você nasce. Veja bem: parte. Há outros fatores envolvidos.
A vocação não é completamente genética, nem totalmente hereditária. Existe uma série de estudos afirmando que a hereditariedade do QI fica entre 40 e 80%. É por isso que os filhos de gênios raramente repetem o sucesso dos pais. Além de terem DNA diferente (pois ninguém é um clone exato do pai ou da mãe), vivem em circunstâncias inevitavelmente diferentes. Detalhes aparentemente banais podem fazer toda a diferença.
A sua vocação pode depender do mês em que você nasceu. Nada a ver com horóscopo. É pura matemática. No livro Fora de Série, o jornalista americano Malcolm Gladwell fez um levantamento dos melhores jogadores de hóquei e descobriu algo surpreendente: 70% deles nasceram entre janeiro e junho. Se você pegar o Guia Placar 2008, com estatísticas sobre os 13 maiores times do futebol brasileiro, verá a mesma coisa.
Dos 301 atletas que compõem o elenco desses clubes, 61% nasceram no 1o semestre – e apenas 39% no 2o. O mês que mais gerou jogadores foi janeiro, e o lanterninha foi, justamente, dezembro. Em testes de matemática, as crianças nascidas no 1o semestre têm desempenho até 14% maior que as demais. Einstein, Darwin, Newton e Stephen Hawking nasceram entre janeiro e março. Então quem nasce até a metade do ano tem mais aptidão física e mental? Será alguma coisa relacionada ao clima? Como é possível?
A resposta é mais simples do que você imagina.
Compare duas crianças que estão iniciando a 4a série, por exemplo. Uma delas nasceu em janeiro e acaba de completar 9 anos de idade. Já a outra, que veio ao mundo em outubro, tem 8 anos e 3 meses. Percebeu a diferença? Como a criança de janeiro é mais velha, seu cérebro e seu corpo estão bem mais desenvolvidos. Graças a isso, ela tem mais chances de ir bem na escola, conquistar a aprovação dos pais e ganhar mais autoconfiança. Com isso, tende a estudar e se aperfeiçoar cada vez mais, num círculo virtuoso que desemboca numa boa universidade (ou, no caso de quem joga bola, num bom clube). Mas, se você nasceu no 2o semestre, não se desespere, pois isso não impede ninguém de ser um fenômeno – John Lennon e Pelé vieram ao mundo em outubro.

Qual é a sua?
Na hora de descobrir as próprias aptidões, muita gente acaba recorrendo aos chamados testes vocacionais. Eles surgiram no começo do século 20, com a multiplicação das profissões – e, consequentemente, das opções. O matemático, historiador, engenheiro civil, advogado e professor de idiomas (ufa!) Frank Parsons foi um dos primeiros a perceber, em 1909, que estava difícil escolher uma carreira. Ele escreveu um livro que serviu como base para os serviços de orientação vocacional. Com o desenvolvimento dos testes de QI e de personalidade, a ciência vocacional começou a investigar as habilidades naturais das pessoas, até se associar por completo à psicologia e à psicanálise. Surgiram testes como o BBT, que mede o grau de identificação com uma profissão. Fotos de diversas atividades são colocadas diante do candidato, que escolhe quais delas agradam e desagradam. O problema é que, mesmo com todo esse arsenal, os testes vocacionais não são 100% confiáveis e às vezes geram resultados demais: se o teste indica que você pode fazer praticamente qualquer coisa, de que ele serve?
“As pessoas acham que ter mais de uma opção é estar perdido, mas é justamente o contrário”, explica a psicóloga Edilene Bernardes, da USP, especialista no teste BBT. “Quanto mais desenvolvemos nossas habilidades naturais, mais o cérebro se prepara para possíveis mudanças de rumo ao longo da vida.” É verdade. Vocação não é destino; ela depende do que você faz na vida. Einstein provavelmente não nasceu pensando nada mais elaborado do que qualquer outro bebê.
Ele adquiriu sua genialidade ao longo do tempo. Por isso, a melhor maneira de descobrir o que cada um sabe e gosta de fazer ainda é por tentativa e erro – experimentar várias coisas e ver o que dá certo. “Nossos interesses tendem a apontar para as habilidades naturais que temos, mas nem sempre isso acontece”, lembra a psicóloga Carmem Lobato, especialista em orientação vocacional da UFRGS. Por isso é tão comum ver pessoas desempenhando atividades para as quais não têm talento, ou gente que desperdiça a própria vida ao não exercer sua verdadeira vocação. Nem todos, afinal, têm a sorte de ser atingidos por um raio.

Buraco na camada de ozônio está estável a dez anos, diz estudo

Um estudo da Organização Mundial de Meteorologia (OMM) revelou que a camada de ozônio terrestre, que protege o planeta contra o excesso de radiação ultravioleta, ficou estável na última década, com o buraco em sua superfície mantendo o mesmo diâmetro, sem diminuir, nem aumentar.
Divulgado no Dia Internacional pela Preservação da Camada de Ozônio, o trabalho foi feito e revisado por 300 cientistas ligados ao órgão da ONU.
O Protocolo de Montreal é apontado como um dos responsáveis pela preservação da camada pelos especialistas. O montante de substâncias degradadoras de ozônio, lançadas na atmosfera em 2010, foi cinco vezes menor do que o previsto pelo acordo de Kyoto para o período entre 2008 e 2012. O índice que leva em conta a diminuição das emissões expressas em CO2.
A expectativa é que a camada de ozônio volte a ser restaurada nas próximas décadas. Com a interrupção no aumentos dos buracos na Antártida e no Ártico, o nível da película protetora da Terra deve retornar durante o meio do século 21 ao padrão anterior a 1980, época da criação do Protocolo de Montreal.
Com as campanhas para substituição dos clorofluorcarbonetos (CFC), encontrados em geladeiras e latas de spray, a demanda substitutos como o hidroclorofluorcarbonos (HCFC) e hidrofluorcarbonos (HFC) cresceu, especialmente entre 2007 e 2008, segundo a OMM. O HCFC-22 é o exemplo mais abundante, com presença 50% maior no período na comparação com os anos de 2003 e 2004.

Preconceito linguístico: "Português é difícil". Porque será?

Essa afirmacao preconceituosa e prima-irma da ideia que acabamos de derrubar, a de que “brasileiro nao sabe portugues”. Como o nosso ensino da lingua sempre se baseou na norma gramatical de Portugal, as regras que aprendemos na escola em boa parte nao correspondem a lingua que realmente falamos e escrevemos no Brasil. Por isso achamos que “portugues e uma lingua dificil”: porque temos de decorar conceitos e fixar regras que nao significam nada para nos. No dia em que nosso ensino de portugues se concentrar no uso real, vivo e verdadeiro da lingua portuguesa do Brasil e bem provavel que ninguem mais continue a repetir essa bobagem.
Todo falante nativo de uma língua sabe essa língua. Saber uma língua, no sentido científico do verbo saber, significa conhecer intuitivamente e empregar com naturalidade as regras básicas de funcionamento dela.
Está provado e comprovado que uma criança entre os 3 e 4 anos de idade já domina perfeitamente as regras gramaticais de sua língua! O que ela não conhece são sutilezas, sofisticações e irregularidades no uso dessas regras, coisas que só a leitura e o estudo podem lhe dar. Mas nenhuma criança brasileira dessa idade vai dizer, por exemplo: “Uma meninos chegou aqui amanhã”. Um estrangeiro, porém, que esteja começando a aprender português, poderá se confundir e falar assim. Por isso aquela piadinha que muita gente solta quando vê uma criancinha estrangeira falando — “Tão pequeno e já fala tão bem inglês [ou outra língua]” — tem seu fundo de verdade: muito pouca gente conseguirá falar uma língua estrangeira com tanta desenvoltura quanto uma criança de cinco anos que tem nela sua língua materna! Por quê? Porque toda e qualquer língua é
“fácil” para quem nasceu e cresceu rodeado por ela! Se existisse língua “difícil”, ninguém no mundo falaria húngaro, chinês ou guarani, e no entanto essas línguas são faladas por milhões de pessoas, inclusive criancinhas analfabetas!

Se tanta gente continua a repetir que “português é difícil” é porque o ensino tradicional da língua no Brasil não leva em conta o uso brasileiro do português. Um caso típico é o da regência verbal. O professor pode mandar o aluno copiar quinhentas mil vezes a frase: “Assisti ao filme”. Quando esse mesmo aluno puser o pé fora da sala de aula, ele vai dizer ao
colega: “Ainda não assisti o filme do Zorro!” Porque a gramática brasileira não sente a necessidade daquela preposição a, que era exigida na norma clássica literária, cem anos atrás, e que ainda está em vigor no português falado em Portugal, a dez mil quilômetros daqui! É um esforço árduo e
inútil, um verdadeiro trabalho de Sísifo, tentar impor uma regra que não encontra justificativa na gramática intuitiva do falante.
A prova mais visível disso é que aquelas mesmas pessoas que, por causa da pressão policialesca da escola e da gramática tradicional, usam a preposição a depois do verbo assistir, também dizem que “o jogo foi assistido por vinte mil pessoas”. Ora, se o verbo assistir pede uma preposição é porque ele não é transitivo direto, e só os verbos transitivos
diretos podem, segundo as gramáticas, assumir a voz passiva. Desse modo, quem diz “assisti ao jogo” não poderia, teoricamente, dizer “o jogo foi assistido”. Só que essa esquizofrenia gramatical acontece o tempo todo. Basta ler jornais como a Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo, cujos manuais de redação decretam que o verbo assistir tem que vir obrigatoriamente seguido da preposição a. Na voz ativa, a preposição aparece: “Vinte mil pagantes assistiram ao jogo”, porque assim manda o manual da redação. Mas na hora de usar a voz passiva, a gramática intuitiva brasileira do redator se manifesta, e a gente encontra milhares de exemplos do tipo “o jogo foi assistido por vinte mil pagantes”. Essas pessoas, então, ficam em cima do muro: “acertam” na voz ativa, por causa do patrulhamento lingüístico, mas “erram” na passiva, porque se deixam levar pelo uso normal do português brasileiro. Tudo isso por causa da cobrança indevida, por parte do ensino tradicional, de uma norma
gramatical que não corresponde à realidade da língua falada no Brasil. O professor Sirio Possenti, da UNICAMP, em seu excelente livro Por que (não) ensinar gramática na escola, classifica a regência “assistir a” como um arcaísmo, uma forma sintática que já caiu em desuso, mas continua sendo
cobrada injustificadamente pelo ensino tradicionalista, que se recusa a admitir a extinção desse e de muitos outros dinossauros lingüísticos.
Por isso tantas pessoas terminam seus estudos, depois de onze anos de ensino fundamental e médio, sentindo-se incompetentes para redigir o que quer que seja. E não é à toa: se durante todos esses anos os professores tivessem chamado a atenção dos alunos para o que é realmente interessante e importante, se tivessem desenvolvido as habilidades de expressão dos alunos, em vez de entupir suas aulas com regras ilógicas e nomenclaturas incoerentes, as pessoas sentiriam muito mais confiança e prazer no momento de usar os recursos de seu idioma, que afinal é um
instrumento maravilhoso e que pertence a todos!

Se tantas pessoas inteligentes e cultas continuam achando que “não sabem português” ou que “português é muito difícil” é porque esta disciplina fascinante foi transformada numa “ciência esotérica”, numa “doutrina cabalística” que somente alguns “iluminados” (os gramáticos tradicionalistas!) conseguem dominar completamente. Eles continuam insistindo em nos fazer decorar coisas que ninguém mais usa (fósseis gramaticais!), e a nos convencer de que só eles podem salvar a língua portuguesa da “decadência” e da “corrupção”. Hoje em dia, aliás, alguns deles estão até fazendo sucesso na televisão, no rádio e em outros
meios de comunicação, transformando essa suposta “dificuldade” do português num produto com boa saída comercial. Para o já citado Arnaldo Niskier, trata-se de uma “saudável epidemia que tomou conta da imprensa brasileira”. Que é epidemia, concordo, mas quanto a ser “saudável”, tenho muitas e sérias dúvidas... É livro, é curso em vídeocassete, é CD-ROM, é “Manual de Redação do Jornal Tal”, é “consultório gramatical” por telefone... Eles juram que quem não souber conjugar o verbo apropinquar-se vai direto para o inferno! Na segunda parte deste livro tratarei de explicar por que não considero “saudável” essa “epidemia”.

No fundo, a idéia de que “português é muito difícil” serve como mais um dos instrumentos de manutenção do status quo das classes sociais privilegiadas. Essa entidade mística e sobrenatural chamada “português” só se revela aos poucos “iniciados”, aos que sabem as palavras mágicas exatas para fazê-la manifestar-se. Tal como na Índia antiga, o conhecimento da “gramática” é reservado a uma casta sacerdotal, encarregada de preservá-la “pura” e “intacta”, longe do contato infeccioso dos párias.

Diferenças entre Meteoro, Asteróides e Cometas

Aparentemente pode ser algo supérfluo para alguns, mas é algo que, em algumas pesquisas e trabalhos, ou até mesmo em uma palestra, pode servir de bastante ajuda e abrir espaço para perguntas, fazendo assim prolongar seu conhecimento e abrir a novas idéias e informações. Sabe quais as diferenças entre Meteoro, Cometa e Asteróide?
Confira a baixo uma breve explicação.

- Cometa: Basicamente falando, um comenta possui em sua estrutura de gases congelados, que são provenientes de outros planetas no sistema.

- Asteróide: Seu composto é rochoso e de dimensões gigantescas. Geralmente surge de planetas que explodem e de outros locais.

- Meteoro: Seu composto é rochoso porém sua dimensão é pequena. A mesma lógica do asteróide, mas como já dito, possui um tamanho relativamente menor. Pode ser confundido as vezes com asteróides.

Curiosidades sobre o peido

"Do que é feito o "peido"?
A composição do gás é altamente flexível. A maior parte do ar que respiramos, especialmente o Oxigênio, é absorvido pelo corpo antes que o gás alcance os intestinos. Quando o ar atinge os intestinos, a maior parte do que resta é nitrogênio. Reações químicas entre o ácido estomacal e os fluidos intestinais também podem produzir dióxido de carbono, que também é um componente do ar e um produto da ação bacteriana. Bactérias também produzem hidrogênio e metano.

O que faz os "peidos" federem?
O odor dos peidos vem de pequenas quantidades de sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico) e "skatole" na mistura. Esses compostos contêm enxofre. Quanto mais rica em enxofre for sua dieta, mais desses gases vão feder. Pratos como ovos, couve-flor, e carne são notórios por produzirem peidos fedidos, enquanto feijão produz grandes quantidades de peidos não necessariamente fedidos.

Por que peidos fazem barulho?
Os sons são produzidos pela vibração da abertura anal. O som depende da velocidade da expulsão do gás e de quanto estreita for a abertura dos músculos do esfíncter anal. Se esses músculos estão comprimidos, o ar fará barulho ao passar por eles. Porém, se estiverem relaxados, a saída do ar será silenciosa.

Quanto gás uma pessoa normal produz por dia?
Em média, uma pessoa produz mais ou menos um litro de peido por dia, distribuído em cerca de 14 peidos diários. Pode ser difícil determinar o volume dos seus peidos diários, mas dá pra estimar quantas vezes você peida. Você pode pensar nisso como um pequeno experimento científico: anote tudo que você come e conte o número de vezes que você peida. Você pode inclusive anotar sobre o fedor deles. Veja se você pode descobrir uma relação entre o que você come, quanto você peida e quanto seus peidos fedem.

Quanto tempo demora até que o peido chegue até o nariz de alguém?
Isso depende das condições atmosféricas como umidade e velocidade do vento, e da distância entre as pessoas também. Os peidos também se dispersam, e sua potência diminui com a diluição. Geralmente, se o peido não for percebido dentro de alguns segundos, ele vai ser diluído demais para ser percebido e perdido na atmosfera para sempre. Condições excepcionais existem quando o peido é liberado numa área pequena e fechada como um elevador, um quarto pequeno ou um carro, porque essas condições limitam a quantidade de diluente possível (ar), e o peido vai permanecer numa concentração perceptível por mais tempo, até que se condense nas paredes.

É verdade que algumas pessoas nunca peidam?
Não, se elas estiverem vivas. Pessoas podem peidar até mesmo um pouco depois de mortas.

As vezes sinto um cheiro estranho vindo de meu cão, eles também peidam?
Sim. A maioria dos animais, pássaros, peixes e insetos possuem tubos digestivos. Por isso eles também peidam.

Homens peidam mais que mulheres?
Não, mulheres peidam tanto quanto homens. O caso é que os homens têm mais orgulho disso. Existe uma grande variação em quanto gás uma pessoa pode produzir por dia, mas essa variação não está relacionada ao sexo. Talvez homens peidem com mais freqüência do que mulheres. Se isso for verdade, então as mulheres tendem a segurá-los e então liberar mais gás por peido.

Em que parte do dia um homem está mais sujeito a peidar?
Durante a manhã, quando estiver no banheiro. Isso é conhecido como "trovão matinal", e se o homem conseguir uma boa ressonância, ele pode ser ouvido na casa inteira.

Por que feijão faz as pessoas peidarem tanto?
Feijão contém açúcares que seres humanos não conseguem digerir. Quando esses açúcares chegam em nossos intestinos, as bactérias fazem a festa e produzem um monte de gás! Outros produtores notórios de peidos são: milho, pimentinha, repolho e leite.

Um peido é mesmo só um arroto que saiu pelo lado errado?
Não, um arroto vem do estômago e tem composição química diferente de um peido. Peidos têm menos ar atmosférico e mais gases produzidos por bactérias.

Por quanto tempo seria possível não peidar?
Um peido pode escapar toda vez que uma pessoa relaxa. Isso quer dizer que muitas pessoas que assiduamente seguram seus peidos durante o dia devem peidar um monte quando dormem. Então a resposta seria: você pode segurar seus peidos pelo mesmo tempo que conseguir ficar acordado!

Para onde vão os peidos quando você segura eles?
Quantas vezes você segurou um "peido", pretendendo soltá- lo na primeira oportunidade apropriada, e depois descobriu que ele tinha desaparecido quando você estava pronto? Ele saiu lentamente sem a pessoa saber? Foi absorvido pela corrente sangüínea? O que aconteceu com ele? Os médicos concordam que o peido não é nem liberado nem absorvido. Ele simplesmente volta para os intestinos e sai depois. Isso reafirma o fato de que os peidos não são realmente perdidos, e sim adiados.

É possível mesmo "acender" peidos?
A resposta para isso é SIM! Entretanto, você deve estar avisado de que colocar um peido em ignição é perigoso. Não só a chama pode subir de volta para seu cólon, como a sua roupa e o que estiver ao redor pode pegar fogo. Cerca de um quarto das pessoas que já fizeram isso se queimaram. Também existem casos em que os gases intestinais com um teor de oxigênio mais alto que o normal explodiram durante cirurgia quando algum tipo de cauterizador elétrico foi utilizado pelo cirurgião.

Por que é possível queimar peidos?
Porque normalmente esses gases incluem metano e hidrogênio, ambos são gases inflamáveis. Peidos tendem a se traduzir em chamas azuis ou amarelas.

É possível acender um fósforo com um peido?
Não, a menos que o peido tenha a consistência de uma lixa. Além disso, peidos têm a mesma temperatura do corpo quando saem, e essa temperatura não é suficiente para iniciar uma combustão.

Por que meninas não assumem seus peidos?
Acho que você deveria começar dizendo que somente algumas meninas não assumem seus peidos. A razão é que elas devem ter sido ensinadas a pensar que peidar não é coisa que uma dama faça. É um grande erro pensar que peidos não são coisas de dama. Todas as pessoas peidam, incluindo damas... Se qualquer coisa que damas façam é coisa de damas, então isso inclui a emissão de gases anais.

Se eu ficar o dia inteiro cheirando o peido de outras pessoas meus próprios peidos vão ser mais fedidos?
Não, peidos inalados vão para seus pulmões, não para seu sistema digestivo. Talvez alguns componentes do peido passem para sua corrente sangüínea mas não todos. Se você quer se beneficiar de peidos de outras pessoas, você vai ter que engoli-los de alguma forma.

Cheirar peido deixa chapado?
Não se conhecem agentes intoxicantes na flatulência. Entretanto, a maior parte dos peidos contém muito pouco oxigênio e você pode ficar tonto se inalar uma quantidade superconcentrada de essência de peido, simplesmente por falta de oxigênio. E se você está respirando rápido perto do peido para cheirar o mais possível, pode ficar tonto por causa de hiperventilação, não do peido.

Um peido pode te matar?
A opinião médica é que não, um peido não pode ser fatal. Mas se você tentar bastante e com afinco, pode se matar com qualquer coisa. Dizem de um homem que ligou seu nariz ao seu ânus com um sistema de mascara de gás, tubos de borracha e um cano oco de madeira. Morreu sufocado. A história de um gordo restrito à própria cama que morreu por inalação dos seus peidos, e cujos peidos quase mataram os paramédicos, é lenda urbana.

É verdade que mulheres podem peidar pela vagina e de onde vem o gás?
Sim. O gás que emerge é simplesmente ar preso; não há produção de gases na genitália feminina. O ar pode entrar porque o sistema está aberto ao meio externo. Americanos chamam isso de "queef". Experimente dar umas bombadas com ela de quatro!

Um homem pode peidar por sua abertura genital?
Normalmente os homens negam isso enfaticamente.

É possível enlatar um peido para uso posterior?
Resposta: Teoricamente sim, mas há uma série de problemas logísticos. Você pode tentar usar um saco plástico ao invés de uma lata. Você pode usar o seguinte como uma experiência de feira de ciências: - Peide em vários sacos plásticos e feche, vede com cuidado. Então encha outros sacos com ar normal. Espere 24 horas. Então eleja voluntários para cheirar o conteúdo dos sacos para ver se eles conseguem dizer se o que tem ali dentro é peido ou é ar. Isso vai te dar a informação se é possível estocar peidos. Se você fizer na banheira, e se inclinar de forma que seus peidos emerjam como bolhas na sua frente e não por trás, você pode pegar as bolhas numa garrafa, e ter peidos dentro de garrafas sem estar contaminados com ar atmosférico.

É estranho gostar de peidar?
Resposta: Não é incomum. Se a pessoa peida numa quantidade que lhe traz problemas e infelicidade, deveria consultar seu médico.

Qual a cor do peido?
Resposta: Via de regra, incolor, porque os gases que o constituem são incolores. Imagine que interessante seria peidar laranja, tipo dióxido de nitrogênio. Ninguém mais perguntaria de quem é o peido.

Outras pessoas cheiram mais o peido do que quem peidou?
Resposta: O peido deveria cheirar tanto para quem o fez quanto para as outras pessoas. Mas quem fez está protegido pelo fato de que propeliu o ar para longe do seu corpo numa direção oposta à do seu nariz. Peidar contra vento anula essa vantagem.



Concluindo, devemos lembrar que o gás de cozinha é produzido do mesmo modo que nosso organismo produz o peido. A Terra possui bolsões de gás natural feitos por micróbios que digeriram plantas e animais há milhões de anos atrás. De certa forma, a o planeta Terra peida.

Nesse exato momento...

Sabia que, nesse exato momento:

- 1 milhão de pessoas estão transando.

- 514 pessoas estão tendo orgasmo(se 1 milhão de pessoas estão transando, são 1 milhão de orgasmos certo??? Errado. Segundo uma pesquisa de Alfred Kinsey, 75% dos homens e apenas 29% das mulheres chegam ao clímax a cada transa.

- 9,5 Milhões de pessoas estão fazendo o número 1

- 14,3 Milhões de pessoas estão fazendo o número 2

- 10,8 Milhões de pessoas estão dando descarga.(Apenas 2,6 bilhões têm saneamento básico no mundo. Por isso, nem todo mundo que está no trono está dando descarga.

- 38,3 Milhões de pessoas estão dormindo

- 111 pessoas estão morrendo

- 266 pessoas estão nascendo

- 1,4 Milhões de pessoas estão assistindo a vídeos no Youtube

- 245 Mil pessoas estão postando mensagens no Twitter

- 210,8 Mil usuários estão fuçando no Orkut(Os 22 milhões de usuários visitam a página de relacionamentos 23 vezes por mês e passam 18 minutos , em média online. Fazendo as contas , 210.833 usuários estão fuçando no scrapbook alheio neste momento

- 3,5 Milhões de pessoas estão escovando os dentes

- 149,5 Milhões de pessoas estão fazendo faxina ou preparando refeições

- 187,9 Milhões de pessoas estão na escola.De acordo com a organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OCDE), os alunos gastam, em média, 892 horas no colégio por ano. Descobrimos que há cerca de 1,82 bilhão de alunos de até 15 anos de idade na escola.Multiplicando ali, dividindo aqui, chegamos à conclusão de que 187,9 milhões de pessoas estão na escola agora.

- 23,3 Milhões de pessoas estão vendo TV

- 523 Mil pessoas estão bebendo cerveja

- 781 Milhões de pessoas estão no trânsito



Pois é... se não sabia, agora sabe. Em que aspectos você se encaixa nesse momento?

Sabia que o medo também tem cheiro? Saiba mais.

Um estudo feito recentemente, a fim de descobrir mais sobre esse sentimento chamado medo, teve resultados interessantes.
Foi exibida a um grupo de mulheres uma foto ambígua, em que não fica claro se o fotografado está alegre ou com medo. Em condições normais, as respostas das voluntárias se dividiriam em metade para cada categoria.
Mas quando elas foram previamente expostas, sem saber, ao suor masculino que havia sido coletado enquanto homens assistiam a um filme de terror, a maioria achou que a pessoa do retrato temia alguma coisa.
Publicado na revista Psychological Science, o experimento demonstra que o medo pode ser percebido, de forma inconsciente, por meio do suor, favorecendo respostas comportamentais de natureza semelhante quando os estímulos sensoriais se apresentam de forma ambígua. Fenômeno similar é observado entre outros mamíferos, mas havia dúvidas sobre sua ocorrência entre seres humanos.
Os autores especulam que o mecanismo poderia estar associado, certamente não de forma isolada, a casos de histeria coletiva, em que um grande número de pessoas entra em pânico e começa a manifestar uma série de sintomas sem causa aparente.

Saiba como funciona o processo da borracha ao apagar

Em suma, existe dois jeitos em que o processo é feito.
Em primeiro lugar, o grafite gruda com muito mais facilidade na borracha que no papel. Se você desenhava com lápis na sua borracha quando pequeno, já realizou a experiência que demonstra esse fato. Fazendo isso, dá para perceber nitidamente que a superfície da borracha consegue reter mais grafite que as folhas do caderno.
Entretanto, se o grafite ficasse preso no corpo da borracha, ela ficaria saturada rapidinho, certo? Isso não ocorre porque ela se desfaz enquanto apaga, soltando aquelas raspas e é nelas que o grafite fica preso. Mas, se fosse só isso, sempre sobraria um pouco de grafite, já que parte dele fica impregnada na folha. Aí, a outra coisa que a borracha faz é literalmente lixar o papel.
Por isso, a fórmula contém componentes abrasivos como pó de quartzo e talco, diz um químico que trabalha para um fabricante de borrachas. Esses elementos raspam a folha para tirar aquele grafite mais resistente.
Mas apagar traços de caneta é bem mais difícil, porque a tinta penetra fundo nos poros do papel. Assim sendo, as borrachas de caneta trazem uma quantidade bem maior dos tais abrasivos por isso são duras daquele jeito.

Coisas erradas que acabaram sendo invenções certas

" O cientista alemão Henning Brand guardou 50 baldes de urina no porão durante meses, em 1675, esperando que o líquido se transformasse em ouro. Em vez disso, a meleca se tornou uma substância escura, grudenta e que pegava fogo espontaneamente. É o elemento que hoje chamamos de fósforo.

- No século 9, um time de alquimistas chineses tentava descobrir o "elixir da imortalidade". Juntaram súlfur, salitre, minerais e mel seco. Resultado: inventaram a pólvora.

- Enquanto tentava desenvolver o fósforo por um método industrial, o químico Carl Sheele descobriu outros oito elementos, entre eles o oxigênio, amônia e glicerina. Ele morreu aos 45 anos provando seus químicos tóxicos.

- Quando tentava eletrocutar um peru, Benjamin Franklin tomou um choque e parou a experiência por ai. Por isso, ele não é o pai da cadeira elétrica.

- Celofane, super-bonder, post-in, e a fotografia foram descobertas em acidentes de laboratório.

- Ao testarem um remédio para angina (dor forte no peito) em pacientes homens, os médicos descobriram que ele fazia um efeito em outra parte do corpo. Assim nasceu o viagra.

- Em 1943, o químico Alberto Hoffman, descuidado, lambeu os dedos que estavam com ácido lisérgico e sentiu uma tontura. Começa a era do LSD."

Sabe o que realmente causa a morte por enforcamento? Saiba.

Ao contrário da crença popular, a causa da morte em um enforcamento não é o estrangulamento, mas a lesão provocada na parte superior da medula espinhal.
Esta se dá com a fratura ou o deslocamento das vértebras cervicais. A morte é quase instantânea e acaba sendo mais rápida do que em outras formas de execução, como a guilhotina, a câmara de gás e a cadeira elétrica.

Sabe como seria a vida em Marte?

Seríamos verdadeiros marcianos... rs. Bom, deixando o saudosismo de lado...
Não haveria raças diferentes, a fauna e a flora seriam menos diversificadas e nosso corpo seria coberto por pêlos.
O mundo seria um mundinho. Marte é bem menor do que a Terra. Para piorar, um oceano se estenderia por quase todo o hemisfério norte e um pedaço do sul - o planeta era assim há bilhões de anos, segundo um estudo da Universidade do Colorado. E só nessas condições poderíamos viver por lá, já que precisamos de água. No fim das contas, a área habitável equivaleria a 18% da superfície da Terra. Seria um sufoco dividir esse espaço. Para manter os padrões terráqueos - uma densidade de 13 habitantes por quilômetro quadrado -, somaríamos apenas 2 bilhões em Marte (e não 6,8 bilhões, como hoje na Terra).

Para a vida se desenvolver, é preciso água, carbono e nitrogênio. Somando um planeta estável e luz solar, apareceriam as primeiras formas de vida. Em Marte, elas seriam parecidas (senão idênticas) às que surgiram na Terra. Teríamos, no entanto, fauna e flora pouco diversificadas. Um dos principais incentivos para a evolução é o isolamento de grupos da mesma espécie, o que leva um dos grupos a se diferenciar do outro com o tempo. Em um mundo de um só continente, essa separação não aconteceria. E novas espécies não surgiriam com tanta frequência. O resultado seria um planeta pobre em plantas e animais.
Haveria algumas diferenças importantes no nosso modo de vida. Faz mais frio em Marte do que na Terra. E a gravidade lá é só 1/3 da terráquea. Voar seria mais fácil: muitos animais desenvolveriam asas ao longo da evolução, e viajar de avião seria mais barato e prático. Para completar, se todo mundo vivesse tanto quanto hoje, a expectativa média seria de 35 anos. Calma, a gente não morreria mais cedo. É que um ano lá tem 668 dias marcianos, ou 687 dias terrestres.

Alô, alô, marciano - Um só povo
Marte teria um único continente cercado por oceanos (ou seja, seria um planeta azul, e não vermelho). Isso influenciaria o desenvolvimento da humanidade. Sem barreiras naturais, não haveria diferenças raciais e culturais na população. Seríamos parecidos e falaríamos a mesma língua em todo o planeta.

Pra onde tenha sol
Por causa da órbita de Marte e de sua inclinação em relação ao Sol, primavera e verão são mais longos no hemisfério norte do que no hemisfério sul. No norte, são 296 dias de frio glacial (contando outono e inverno). No sul, 372. Seria comum ver gente viajar de jatinho pra se bronzear no outro hemisfério.

Homo Tonyramus
A evolução é imprevisível, não dá para saber exatamente como seríamos. Mas provavelmente teríamos pelos grossos pra aguentar o friozinho. Como está mais distante do Sol, Marte recebe só metade da luz que temos na Terra. Já a gravidade menor ajudaria a manter seu bumbum durinho por mais tempo.

Corrida espacial
Marte não tem um satélite como a Lua, que protege a Terra de asteróides e regula sua velocidade e eixo de rotação. Perigo: Marte é mais vulnerável a extinções em massa. Precisaríamos buscar outros planetas para colonizar. Uma opção seria um planeta vizinho, o terceiro em distância do Sol, chamado Terra.

Não, não temos bananas
Esqueça coco, jabuticaba, manga. Plantas de grande porte não nasceriam em um planeta com pouca luz, e muitas das nossas frutas (como a banana) dependem de clima tropical. Mas poderíamos cultivar legumes e verduras. E comer carne, principalmente de aves, já que elas existiriam em abundância.

Jogos Olímpicos
Marte tem o monte Olimpo. É a maior montanha do Sistema Solar: 22 quilômetros de altura. Desafio e tanto pra quem quisesse subir ao topo, mas a menor gravidade ajudaria. Em um mundo onde tudo é mais leve, teríamos mais estímulo para praticar esportes como alpinismo e voo livre.

Pessoas que dormem até tarde não são vagabundos, diz estudo

Alvo de críticas de familiares e amigos, quem gosta de ficar na cama até a hora do almoço pode ter um motivo científico para a "vagabundagem": o distúrbio do sono atrasado. O assunto foi um dos temas abordados no 6º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções, que aconteceu recentemente em Gramado.
O organismo humano tem um ciclo diário, de modo que os níveis hormonais e a temperatura do corpo se alteram ao longo do dia e da noite. Depois do almoço, por exemplo, o corpo trabalha para fazer a digestão e, conseqüentemente, a temperatura sobe, o que pode causar sonolência.

Quando dormimos, a temperatura do corpo diminui e começamos a produzir hormônios de crescimento. Se dormirmos durante a noite, no escuro, produzimos também um hormônio específico chamado melatonina, responsável por comandar o ciclo do sono e fazer com que sua qualidade seja melhor, que seja mais profundo.
Pessoas vespertinas, que têm o hábito de ir para a cama durante a madrugada e dormir até o meio dia, por exemplo, só irão começar a produzir seus hormônios por volta das 5 da manhã. Isso fará com que tenham dificuldade de ir para a cama mais cedo no outro dia e, consequentemente, de acordar mais cedo. É um hábito que só tende a piorar, porque a pessoa vai procurar fazer suas atividades durante o final da tarde e a noite, quando tem mais energia.
O pesquisador Luciano Ribeiro Jr. da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), especialista em sono, explica que esse distúrbio pode ser genético: "Pessoas com o gene da ‘vespertilidade’ têm predisposição para serem vespertinas. É claro que fator social e educação também podem favorecer”. Mas não se sabe ainda até que ponto o comportamento social pode influenciar o problema.

A questão, na verdade, é que o vespertino não se encaixa na rotina que consideramos normal e acaba prejudicado em muitos aspectos. O problema surge na infância. A criança prefere estudar durante a tarde e não consegue praticar muitas atividades de manhã. Na adolescência, a doença é acentuada, uma vez que os jovens tendem a sair à noite e dormir até tarde com mais frequência.
A característica vira um problema quando persiste na fase adulta. “O vespertino é aquele que já saiu da adolescência. Pessoas acima de 20 anos de idade que não conseguem se acostumar ao ritmo de vida que a maioria está acostumada”, diz Luciano. Segundo ele, cerca de 5% da população sofre do transtorno da fase atrasada do sono em diferentes graus e apenas uma pequena parcela acaba se adaptando à rotina contemporânea.
O pesquisador conta também que, além do preconceito sofrido pelos pais, professores e, mais tarde, pelos colegas de trabalho, o vespertino sofre de problemas psiquiátricos com maior frequência: depressão, bipolaridade, hiperatividade, déficit de atenção são os mais comuns. Além disso, a privação do sono profundo, quando sonhamos, faz com que a pessoa tenha maior susceptibilidade a vários problemas de saúde: no sistema nervoso, endócrino, renal, cardiovascular, imunológico, digestivo, além do comportamento sexual.

O tratamento não envolve apenas remédios indutores do sono, como se fosse uma insônia comum. É necessária uma terapia comportamental complexa, numa tentativa de mudar o hábito, procurando antecipar o horário do sono. Envolve estímulo de luz, atividades físicas durante a manhã e principalmente um trabalho de reeducação.
E as pessoas que têm o hábito de acordar às 4 ou 5 horas da manhã? “O lado oposto do vespertino é o que a gente chama de avanço de fase. Só que esse não tem o problema maior no sentido social. Ele está mais adaptado aos ritmos sociais e profissionais. Os meus pacientes deste tipo têm orgulho, já ouvi mais de uma vez eles dizendo: ‘Deus ajuda quem cedo madruga’”, diz o neurologista.

Conheça o significado do ato de bocejar

Pode parecer estranho, mas é isso mesmo! Bocejar ajuda a resfriar o cerebro e melhora a atenção.
Da próxima vez que alguém reclamar de um bocejo seu, pode responder: “bocejo, porque quero prestar mais atenção em você”. Segundo um grupo de psicólogos estrangeiros, essa pode ser exatamente a função do ato de bocejar, que é resfriar o cérebro para melhorar a concentração. Assim sendo, em vez de preparar o corpo para dormir, o bocejo seria, na verdade, uma maneira de evitar o sono. A notícia foi divulgada no site da revista norte americana “New Scientist”.

Você já percebeu que o bocejo é contagioso? Já?
Mas talvés o que você não saiba é que agora cientistas descobriram que as pessoas gentis são mais suscetíveis à transmissão.
O psicólogo Steven Platek, da Universidade Drexel, na Filadélfia (EUA), e seus colegas da Universidade do Estado de Nova York mostraram um vídeo com uma pessoa bocejando a um grupo de 65 estudantes. Os que abriram a boca diante da tela apresentaram maior pontuação num teste psicológico medindo a empatia. Os estudantes imunes ao contágio eram, por outro lado, menos predispostos a reconhecer que um insulto pode ofender outra pessoa.
Falando nisso, é bom comentar que a falta de sono afeta o combate a doenças.

Sabia que nossa voz também envelhece?

A voz é um som produzido pela vibração do ar que é retirado dos pulmões pelo diafragma e que passa pelas cordas vocais sofrendo alterações influenciadas pela boca, lábios e língua.
Como as demais partes do corpo, a voz também envelhece. Este envelhecimento é provocado pela ação natural do desenvolvimento do organismo onde há o engrossamento das cordas vocais, a redução de movimentos das articulações, alterações hormonais e emocionais, maus hábitos, calcificação das cartilagens, atrofia da musculatura laríngea e a perda da capacidade pulmonar.

O período de melhor desempenho vocal está entre os 25 e os 40 anos de idade, mas pode haver exceções quando se possui boa saúde física e psicológica, além de fatores genéticos, sociais, ambientais e raciais.
As alterações vocais também podem variar de acordo com o sexo. Pessoas do sexo masculino tendem a iniciar o processo de alteração vocal por volta dos 30 anos de idade, enquanto pessoas do sexo feminino semente iniciam este processo por volta dos 50, quando ocorrem alterações no organismo decorrentes à menopausa.

Para evitar o envelhecimento vocal ou atrasá-lo, você poderá usar as seguintes dicas abaixo:

Usar a voz corretamente;
Beber no mínimo dois litros de água por dia;
Evitar bebidas destiladas;
Evitar o fumo e a cafeína;
Evitar falar alto ou baixo, rápido, descompassadamente e por muito tempo;
Evitar pigarrear.

Vacas geneticamente alteradas para produzir leite materno humano

Um grupo de cientistas chineses conseguiu introduzir genes humanos em 300 vacas leiteiras, de forma a que estas produzam leite com características semelhantes às do leite materno humano.

Conhecido por ter grandes quantidades de nutrientes considerados essenciais para fortalecer o sistema imunitário dos bebés e reduzir assim o risco de infeções, o leite materno foi objeto de uma investigação que pretende disponibilizar um produto semelhante nas prateleiras dos supermercados.
Um grupo de cientistas chineses acredita que o leite proveniente destas vacas geneticamente modificadas pode ser, realmente, uma alternativa ao leite materno e ao leite de lata para a alimentação dos bebés.

Como seria de prever, ao anúncio desta experiência seguiram-se reações inflamadas por parte de defensores dos direitos dos animais e de grupos de ativistas que contestam a segurança deste leite.
O responsável pela investigação, diretor de um laboratório de agrobiotecnologia, Ning Li, garante, no entanto, que beber este leite será tão seguro como beber o de vacas sem qualquer alteração genética.

Criado microscópio mais potente do mundo

Cientistas britânicos conseguiram fazer com que um microscópio ótico conseguisse enxergar objetos de cerca de 50 nanômetros (um metro dividido em um bilhão de partes), oferecendo um olhar inédito sobre o mundo "nanoscópico".
A técnica, que alcança a maior resolução de que se tem notícia, poderia ser utilizada para observar vírus, diz a equipe de pesquisadores.
Com a ajuda de minúsculas contas de vidro, o procedimento faz uso das chamadas ondas infinitesimais, emitidas muito próximas de um objeto e que normalmente se perdem. Os cientistas fazem com que as contas de vidro recuperem esta luz e refaçam o foco, canalizando-a para um microscópio comum.
O método permitiu aos pesquisadores ver com os próprios olhos níveis de detalhes normalmente só identificados por observação indireta, como a microscopia através da força atômica e varreduras com emissão de elétrons. Os detalhes foram publicados na revista acadêmica "Nature Communications".

Utilizar a luz visível - o tipo de luz captada pelo olho humano - para observar objetos dessa escala é, de certa maneira, romper as regras da teoria da luz. Normalmente, os menores objetos visíveis são definidos por um parâmetro conhecido como limite da difração.
Ondas leves natural e inevitavelmente se dispersam de tal maneira a limitar ao alcance do seu foco, ou o tamanho do objeto que pode ser capturado. As ondas infinitesimais que são produzidas na superfície dos objetos tendem a se enfraquecer com a distância - mas elas não estão sujeitas ao limite da difração.
Se capturadas, as ondas infinitesimais oferecem uma resolução muito mais alta que a obtida por métodos padrões de captação de imagens, explica o pesquisador do Centro de Pesquisa de Processamento a Laser da Universidade de Manchester, Lin Li.
Observação
Para observar os objetos, a equipe colocou contas de vidro com tamanho entre dois e nove milionésimos de metro na superfície das amostras.

As contas coletam a luz transmitida através das amostras, captando as ondas infinitesimais e focando-as de maneira a serem observadas por um microscópio comum.
A equipe conseguiu observar objetos minúsculos, como marcas em escala nanométrica em discos de Blu-Ray.
Mas o professor Li acredita que a técnica possa ser utilizada em estudos biológicos mais ambiciosos, nos quais ações em nanoescala são difíceis de observar diretamente. "A área onde acreditamos haver interesse é a observação de células, bactérias e até vírus", afirma Li.
Métodos indiretos de observação conseguiram enxergar objetos a uma resolução de um nanômetro e até os traços de uma única molécula. Mas nenhum deles é tão simples quanto a observação direta através do microscópio.
"Usar a tecnologia corrente requer muito tempo. Por exemplo, usar microscopia ótica fluorescente requer dois dias para preparar a amostra e a taxa de sucesso dessa preparação é de 10 a 20%", exemplifica o pesquisador. "Isto ilustra o ganho potencial de introduzir métodos de observação direta."

Novo exame de sangue detecta esquizofrenia

De pessoas com doenças no mundo, hoje, provavelmente menos da metade sabe que possui determinada doença, mas mesmo assim leva a vida normalmente.
O diagnóstico das doenças em pacientes psiquiátricos pode ser muito complexa às vezes. Por isso, cerca de 50% deles costumam ter uma mudança em suas prescrições dentro de um período de dez anos.
Isto implica que as pessoas que padeçam de esquizofrenia, depressão aguda ou transtorno bipolar, recebam tratamentos incorretos. Mas agora a Rules-Based Medicine, uma companhia especializada na pesquisa desenvolvimento de medicamentos e diagnóstico, elaborou um simples teste sanguíneo para determinar com precisão a afecção psiquiátrica de cada paciente.

Chamado de VeriPsych, esse é o primeiro exame desta índole, sendo que sua primeira aparição ocorreu há seis meses e foi desenvolvido junto com a Universidade de Cambridge. Consiste em 51 marcadores biológicos localizados no sangue que estão associados à esquizofrenia, segundo mostras de pacientes com diagnóstico confirmado.
A companhia que fez a pesquisa anunciou que até o fim de ano estará lançando a versão para diagnosticar a depressão e que em 2012 também oferecerá testes para o transtorno bipolar, com o que também multiplicariam seu mercado, já que para cada paciente de esquizofrenia, exite pelo menos dez com depressão.