Nunca engula chicletes

Certamente muitos já foram avisados muitas vezes e, provavelmente, a maioria delas pelas próprias mães: você não deve engolir o chiclete, porque ele fica no seu sistema digestivo durante sete anos. Mas se isso fosse verdade, que tipo de problema causaria? Nosso sistema digestivo foi criado para dissolver e excretar o que ingerimos, em questão de horas, dias, no máximo, mas certamente, nunca anos.
O site referência em lendas urbanas, Snopes.com, pôs um fim aos rumores de que o chiclete ingerido fica em você durante anos, e a medicina confirma a conclusão do site. O gastroenterologista pediátrico, David Milov, diz à revista Scientific American que ele pode afirmar "com total convicção" de que o chiclete ingerido não fica em você durante sete anos.
Isso porque seu sistema digestivo é bastante eficaz. Quando você engole o alimento, ele percorre o esôfago e vai até seu estômago (em inglês). Lá, as enzimas e os ácidos passam a trabalhar nesse alimento, começando seu processo de destruição.
Do estômago, o alimento parcialmente digerido é levado para o intestino, onde - com ajuda de seu fígado e pâncreas - é decomposto em seus componentes. Esses componentes são usados para dar energia ao corpo. Os elementos do alimento que não podem ser usados são enviados ao cólon, onde serão processados em dejetos.
Geralmente, o chiclete é feito de quatro componentes gerais, e nosso corpo consegue destruir facilmente três deles. Os aromatizantes, adoçantes e amaciantes do chiclete não são usados na digestão humana. É a base de goma que gruda. A base de goma é feita principalmente de substâncias químicas sintéticas, que dão ao chiclete a propriedade de ser mastigável. Foi criada para resistir às propriedades digestivas da saliva na boca. Mas, uma vez engolida, mesmo a base de goma sendo exposta ao mesmo tratamento que o alimento comum, e depois de ser considerada inútil pelo sistema digestivo, ela segue o mesmo caminho que qualquer impureza.

A goma de mascar surgiu a sete mil anos atrás - pesquisadores descobriram massas de alcatrão com marcas de dentes humanos. A goma moderna surgiu durante a década de 1860, quando o general mexicano exilado Antonio Lopez de Santa Anna apresentou o chicle ao fabricante de goma Thomas Adams, que o transformou em chiclete. Mas a origem da lenda sobre engolir chiclete não é tão clara. Apesar das provas fornecidas pelas próprias pessoas que engolem chiclete, o boato continua. Talvez isso aconteça porque, mesmo raramente, surgem casos médicos em decorrência de chiclete engolido.
David Milov e alguns colegas escreveram no jornal Pediatrics sobre alguns estudos de caso de crianças que ignoraram os conselhos para não engolirem o chiclete e pagaram por isso. Um menino sofreu por dois anos constipação crônica. Anos engolindo de cinco a sete chicletes por dia levaram a um "material fecal pegajoso, com aparência 'elástica'", que consistia principalmente de chiclete, que teve que ser aspirado do reto.
Ainda assim, o chiclete não fica em seu sistema digestivo por sete anos. O menino do episódio das fezes tinha apenas quatro anos quando foi submetido ao procedimento de remoção. É possível que o chiclete pudesse permanecer em seu trato por sete anos, mas a intervenção feita pelos médicos evitou isso. Dessa forma, embora ele sempre seja citado em defesa dos receios das mães, a marca de sete anos continua evasiva.

Acertar relógio não é tarefa fácil

Será que se acertarmos nosso relógio com o horário mundial, digamos que pela manhã quando acordamos, será que pela tarde o horário mostrado por ele ainda será precisamente correto? A resposta é não. O motivo disso ocorrer é porque o tempo é um conceito bem mais abstrato do que imaginamos. Para regular os relógios no mundo, o Escritório Internacional de Pesos e Medidas (International Bureau of Weights and Measures) adotou em 1975 o TCU, que significa Tempo Coordenado Universal (do inglês CUT, Coordinated Universal Time) como escala de tempo. Só que o TCU, que é uma fusão entre o tempo atômico e o tempo de rotação da Terra, não é 100% preciso.
"A Terra, por diversos motivos, mas principalmente por causa da energia que as marés roubam da rotação, está girando mais devagar", diz Luiz Nunes de Oliveira, professor do Instituto de Física de São Carlos, da USP. Por isso, de tempos em tempos é preciso fazer um acerto: atrasa-se o relógio atômico em 1 segundo para que ele fique afinado com o tempo de rotação do planeta. Só que, entre um reparo e outro, os relógios atômicos acabam ficando um pouco adiantados, porém nunca mais que 1 segundo. Pode parecer ínfimo esse mínimo de tempo em atraso ou adiantado, mas para setores que dependem da precisão dos relógios o desencontro de 1 segundo pode ser algo fatal. É o caso dos satélites, que num espaço de alguns instantes enviam e recebem toneladas de informações de um continente para outro.
Ainda não se tem uma maneira extraordinariamente precisa para sincronizar todos os relógios e acertar precisamente o relógio da TCU. Até agora ninguém conseguiu encontrar a fórmula mágica para sincronizar os ponteiros.
Mas, como todos sabem, enquanto alguém lá do mundo afora estuda e fazem pesquisas para encontrar algum meio eficaz de fazer isso, o relógio continua correndo.

Evitar comer doces pode aumentar tempo de vida

Uma pesquisa realizada na Alemanha sugere que abdicar de doces e carboidratos pode aumentar a expectativa de vida em até 15 anos. Os cientistas, do Instituto de Nutrição Humana, da Universidade de Jena, realizaram experiências em minhocas e observaram que o corte da ingestão de glicose, encontrada em alimentos ricos em açúcar e carboidratos, levou os invertebrados a aumentarem consideravelmente a produção de radicais livres.
Os radicais livres são moléculas que podem ser prejudiciais ao organismo porque estão ligadas a processos degenerativos, como o câncer e o envelhecimento. Os pesquisadores, no entanto, observaram que a falta de glicose fez com que as minhocas rapidamente reagissem aos radicais livres, produzindo enzimas de defesa contra estas moléculas e aumentando a expectativa de vida em 20%.

Este número, calculam os pesquisadores, seria o equivalente a 15 anos na espécie humana. "Se este resultados se mostrarem efetivos para a espécie humana, isto significa que o fim do consumo de glicose pode ter efeitos positivos na expectiva de vida", afirmou Michael Ristow, um dos líderes da pesquisa.
"Durante o processo, as minhocas produziram mais radicais livres, mas ao mesmo tempo ativaram rapidamente as defesas contra essas moléculas. O mal acabou produzindo algo bom no fim", acredita. Ainda de acordo com ele, o consumo de açúcar corresponde de 15% a 20% da ingestão diária de calorias, que não são necessariamente glicose, mas acabam se transformando na substância durante a digestão.

A temperatura máxima que o corpo humano suporta

Aqui na cidade onde moro nos últimos dias a temperatura foi alta, passou dos 40 graus centígrados. E, sinceramente, foi um calor insuportável... sair na rua pra mim tava sendo um desafio. Com isso fiquei me perguntando como que aquelas pessoas que moram lá no meio do deserto conseguem sobreviver naquele calor escaldante. Fui fazer uma pesquisa sobre o máximo de calor que o ser humano consegue aguentar, e eis a resposta.
A busca pela maior temperatura suportada pelo corpo humano se iniciou no século XVIII, por meio do médico inglês Charles Blagden, e de uma forma não muito comum: Sr. Blagen resolveu entrar num cômodo aquecido a 105°C, tendo conseguido permanecer no local por 15 minutos. Testes mais recentes e menos perigosos foram capazes de descobrir a exata temperatura máxima que podemos agüentar: 127ºC, por 20 minutos.
Na verdade, o suor é o grande responsável por suportarmos altas temperaturas. Nesse sentido, quando o ar está seco, podemos suportar maiores temperaturas, uma vez que o suor rouba calor do corpo e evapora. Já quando o ar está úmido, qualquer temperatura acima dos 40ºC pode se tornar insuportável, pois o mesmo não encontra condições de evaporar e amenizar a temperatura do corpo.
De toda forma, quando o calor estiver insuportável, fica a dica: evitem expor a pele aos raios solares.