Saiba o motivo de jogarmos na loteria

Matemáticos e economistas adoram fazer tabelas com as chances de investimentos darem certo ou errado e dizem que devemos usá-las para tomarmos decisões racionalmente. Faz sentido, é claro. Só não funciona na prática -porque o ser humano teima (felizmente!) em não se guiar apenas pela razão.
Por exemplo: diz a matemática financeira que devemos sempre aceitar qualquer divisão, de prêmios ou balas, que nos for ofertada. Mesmo as injustas: afinal, qualquer coisa no bolso é melhor do que um bolso vazio. No entanto, ofertas injustas despertam protestos do córtex da ínsula, aquela parte do cérebro que sinaliza desgosto e repulsa. Se a ínsula fala alto o suficiente, seus protestos ganham das tendências racionais -e acabamos por recusar uma oferta que, racionalmente, deveríamos ter aceito.
Loterias são exemplos divertidos do oposto: situações em que a razão manda não fazer investimento algum, pois a chance de retorno é ínfima. A própria Caixa deixa bem claro em seu site: a chance de um apostador da Mega-Sena jogar em seis números e acertar todos os seis em um concurso qualquer é de 1 em 50 milhões.
Dito de outra forma, quem faz um jogo tem 49.999.999 chances em 50 milhões de apenas ficar R$ 1,50 mais pobre. O córtex pré-frontal toma nota e vota -racionalmente- por guardar o R$ 1,50 no bolso. Mas outra parte do cérebro pensa em outra coisa: quão bom seria ganhar o prêmio? Por mais que seja improvável, o evento de um prêmio de vários milhões de reais certamente seria razão de grande euforia e de muitas coisas desejáveis -casa própria, carro, segurança. O sistema de recompensa, que sinaliza para o restante do cérebro o que tem chances de dar bons resultados, também toma nota e dá seu voto.
Quem toma a decisão, no final das contas, parece ser uma região no centro do córtex pré-frontal, que pesa os possíveis custos (quanto a ínsula se importa de perder R$ 1,50) e benefícios (quanto o sistema de recompensa gostaria do prêmio). Pelo jeito, essa parte do cérebro de cerca de 2 milhões de brasileiros entende a cada concurso que R$ 1,50 é um custo baixo para concorrer à chance, mínima, mas real, de ganhar uma bolada.
Se fôssemos puramente racionais, nunca apostaríamos na Mega-Sena -e, como o prêmio vem da arrecadação com as apostas, não haveria prêmios milionários a dividir entre improváveis ganhadores. Afinal, certo mesmo é o seguinte: quem não joga na loteria tem 100% de chances de não ganhar!


Fato é: quem aí se dedica a gastar parte de sua grana pra perdê-la em seguida?

Conheça mais sobre as baratas.

São uma das mais impressionantes criaturas existentes na superfície do planeta, com uma admirável capacidade de adaptação. Elas surgiram muito antes dos dinossauros - cerca de 350 milhões de anos atrás, e resistiram à todas transformações catastróficas mantendo as suas características biológicas, bem como a sua aparência – corpo alongado e sua cabeça é curta, com dois olhos compostos grandes, onde entre eles estão inseridas um par de longas antenas que podem atingir o dobro do comprimento do corpo. Quem nunca viu uma barata andar dentro da própria casa? Quem nunca reparou na sua forma e nos movimentos de suas antenas? Essas antenas são de extrema importância para sua sobrevivência, pois trata-se de um eficiente órgão sensorial para total percepção do ambiente à sua volta, como variações do ar, cheiro dos alimentos, captação de feromônios e até sua direção. As baratas são insetos cosmopolitas, ou seja, ocorrem em todo planeta, com aproximadamente 3500 espécies existentes, somente poucas (1%) convivem com o ser humano nas residências e atuam como pragas; seu tamanho varia de uns poucos milímetros até por volta de 10 centímetros de comprimento em algumas espécies selvagens e, no geral possuem cores escuras. O tal "brilho" das asas que muitos reparam é devido à quitina, uma proteína semelhante à nossa queratina que confere ao corpo dos insetos impermeabilidade à perda d’água e garantia de certa resistência à impactos. A espécie Periplaneta americana é a mais comum nas cidades brasileiras, onde seu vôo assusta inúmeras pessoas dentro das casas, e como gosta de habitar nos esgotos, tornou- a disseminadora para alguns microorganismos patogênicos, como bactérias (enterobactérias, pneumocoos, salmonelas), vírus, cistos de protozoários (ameba e giárdia) e alguns ovos de vermes, estes podem ser encontrados nas sua pernas espinhosas. Portanto, são importantes responsáveis por doenças como gastroenterocolites, cólera, difteria, diarréia, toxoplasmose, herpes, lepra, pneumonia, intoxicação alimentar, infecções respiratórias entre outras. Outra espécie também muito comum é a Blatella germanica, bem menor que à anterior, com movimentos rápidos e gosta de ficar em áreas de armazenamento de material orgânico, como estoque de alimentos. Essas duas espécies citadas não existiam em nosso território, mas na verdade foram importadas da Europa por navios desde à época da colonização no continente americano. Possui aparelho bucal mastigador, possibilitando roerem muitos tipos de alimentos (são onívoros), possuem hábitos alimentares bastante variados, preferindo àqueles ricos em amido, açúcar ou gordurosos. Algumas espécies podem alimentar-se também de celulose (papel, livro, madeira), ou ainda de fezes, sangue, insetos mortos, resíduos de lixo ou esgoto. Tem o hábito de regurgitar um pouco do alimento parcialmente digerido e depositar fezes, freqüentemente ao mesmo tempo em que se alimentam. Preferem locais quentes e úmidos. A barata de esgoto normalmente habita locais com muita matéria orgânica e gordura em abundância como galerias de esgoto, bueiros, caixas de inspeção. Elas podem voar por grandes distâncias, até entrar pela janela de apartamentos nos últimos.
As baratas são insetos de hábitos noturnos, embora não sejam sociais como os cupins e as formigas, são gregárias, isto é, vivem em grupos e reprodutivamente são hemimetábolos, ou seja, com metamorfose incompleta (simples) em três estágios: ovo, ninfa(jovem) e adulto. As baratas colocam os seus ovos em uma cápsula chamada ooteca, que pode ser carregada pela fêmea para um local apropriado para à eclosão dos ovos, normalmente em frestas, fendas, cantos escuros, gavetas ou atrás de móveis. Como alimentam-se de tudo que é orgânico, elas são animais muito úteis na natureza, pois ajudam na reciclagem da matéria orgânica no meio ambiente e são importantes na cadeia alimentar de diversos animais.Em testes de laboratório resistiram à exposição radioativa, certamente após uma guerra nuclear elas estarão presentes, então, por tudo citado elas merecem nosso respeito pois elas não são seres maléficos, pois isso depende do referencial ambiental.